GESTAR II DE LÍNGUA PORTUGUESA
IDEALISADOR: PROF.: FRANCISCO DE ASSIS P. DO NASCIMENTO
COLABORADOR: PROF.: RUBENS SOARES DE SOUSA
PROJETO BRASILEIRINHO: OS TONS DA AQUARELA CULTURAL BRASILEIRA
Este projeto é um convite ao descobrimento do Brasil multicultural. "Brasileirinho: Os tons da aquarela cultural de nosso país" convida o aluno a investigar a identidade cultural de nosso povo. Faz duas indagações importantes: quem é o brasileiro? Em que consiste a sua chamada "brasilidade"?
O motivo principal para realização desse trabalho surge a partir do momento em que se observa no dia-a-dia do aluno um desconhecimento sobre as raízes populares de nossa cultura, principalmente no que diz respeito ao conhecimento da música popular brasileira. Os meios de comunicação, com o estabelecimento de uma indústria cultural de massa, muitas vezes transformam nossos alunos em um enorme mercado potencial de consumidores, atraídos pelos produtos oferecidos, sem terem chance de uma opção, de uma escolha.
Este projeto vem atender às necessidades de se trabalhar a disciplina de Língua Portuguesa de uma maneira mais prática e dinâmica na escola. Matéria muitas vezes enfocada de uma maneira livresca e conteudista, distante do mundo real dos alunos. Acredito que a sala de aula deva ser o espaço por excelência do pluralismo e da diversidade. Visando alcançar tais objetivos, foram selecionados conteúdos que mostraram os inúmeros tons da aquarela cultural do Brasil; mostraram também um Brasil em vários perfis de "Brasis".
A estratégia para o desenvolvimento do projeto terá como ponto de partida e direcionamento a análise do CD Brasileirinho, cd montado através de uma análise minuciosa, que conta à trajetória cultural da música brasileira.
Através do contato do aluno com um universo pouco conhecido, se fará possível à construção de novos conceitos, conhecimentos e idéias; o aluno terá a chance também de refletir sobre sua própria identidade cultural. Os temas sugeridos nas músicas do CD levarão os alunos a um universo de possibilidades para o conhecimento da cultura de seu país.
· ser capaz de compreender as regularidades do sistema lingüístico utilizados na pratica de escuta e leitura, na produção de textos orais e escritos;
· Ser capaz de compreender e interpretar textos que circulam na sociedade e perceber as diferentes dimensões da leitura: o dever de ler, a necessidade de ler e o prazer de ler.
· Utilizar corretamente os mecanismos de coesão e coerência;
· Expressar oralmente opiniões e pontos de vista de forma clara e ordenada, adequando a linguagem à situação comunicativa e a intencionalidade;
· Identificar os efeitos produzidos por recursos lingüísticos e gráficos na caracterização do texto analisado;
· Produzir textos escritos de diferentes gêneros, observando a organização das idéias;
· Reconhecer a variação intrínseca ao processo lingüístico quanto aos fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos
· Comparar textos, considerando o tema, características do gênero, organização das idéias, suporte e finalidade.
· Sistematizar informações, expressando-as em linguagem própria, oralmente ou por escrito.
CONTEÚDOS CURRICULARES
Em geografia será desenvolvido estudos sobre o estado de Santa Catarina, enfatizando alguns problemas ambientais desse estado, contextualizando-os com os do estado do Tocantins.
Jorge de Altino em Meninos de Rua nos faz lembrar e fazer um estudo mais aprofundado sobre a vida dos meninos de rua, o abandono dos pais, o descaso das autoridades, a fome, a pobreza, as drogas, os assaltantes que fazem isso por necessidade e a gravidez na adolescência. Nesse ponto também nos interessa fazer um estudo sobre a vida e obra do nosso autor.
Em geografia serão trabalhadas as desigualdades sociais entre os estados nordestinos, além de suas grandes diversidades culturais, ambientais e econômicas.
6º ANO B
Em geografia trabalharemos o estado de São Paulo sua alta densidade demográfica, seus problemas sócio-ambientais e econômicos.
Com que roupa? Essa era uma pergunta que Noel Rosa fazia em sua musica, más não como forma de tirar uma duvida sobre como se vestir, porem como forma de protesto contra a pobreza, a miséria, a fome e os recursos levados pelos portugueses do Brasil. O que nos possibilitará um estudo produtivo e reflexivo sobre os assuntos acima tratados.
Em geografia trabalharemos o estado de Rio de janeiro sua alta densidade demográfica, seus problemas sócio-ambientais e econômicos.
Em geografia trabalharemos o Distrito Federal sua densidade demográfica, seus problemas sócio-ambientais e econômicos, além da criação de Brasilia.
No samba Malandragem dá um tempo, abordaremos temas atuais como: o tráfico e o consumo de drogas e a vida nas favelas, além de estudar sobre a vida e obra de Bezerra da Silva e as gírias usadas pelas classes menos favorecidas. Também estudaremos as leis 281, 16 e 12 citadas na musica.
Em geografia trabalharemos o Rio de Janeiro, sua densidade demográfica, seus problemas sócio-ambientais e econômicos.
Em geografia trabalharemos o Rio de Janeiro, sua densidade demográfica, seus problemas sócio-ambientais e econômicos.
Chico Buarque de Holanda em Apesar de Você, nos instrui a fazer um estudo um pouco mais detalhado sobre a ditadura militar, a liberdade, a censura e a falta de liberdade, pois nessa época o mesmo encontrava-se exilado na Itália. Também estudaremos sobre a vida e a obra de Chico Buarque de Holanda.
Em geografia trabalharemos o Rio de Janeiro na época da ditadura militar brasileira, fazendo um repasse pela sua sociedade e seus costumes nesse período.
7º ANO C
Em geografia trabalharemos o estado da Bahia, fazendo um repasse pela sua sociedade, seus costumes, sua economia e meio ambiente.
Trabalhando com a música De são Paulo a Belém, faremos uma exploração sócia cultural e lingüística dos estados que ligam são Paulo ao Pará. Um estudo sobre a história da musica sertaneja também será feito.
Em geografia trabalharemos a história da rodovia Belém-Brasília. Um pequeno estudo sobre a musica sertaneja também será produzido.
9º ANO B
A musica Tocando em frente, nos convida a um passeio na vida dos boiadeiros. O destino e capacidade que temos de construir a nossa história. Também passaremos pelo estudo da vida e obra de Almir Sater, e faremos um estudo sobre a história da musica sertaneja.
Em geografia será trabalhada a região centro-oeste e em especial o pantanal mato-grossense.
A musica A Banda, nos trás uma mensagem de alegria, de um povo que vivia sob forte opressão da ditadura militar e de repente se viu livre novamente. O que nos leva a varias discussões sobre esse período e também a varias produções de textos sobre se período.
Em geografia trabalharemos o Rio de Janeiro na época da ditadura militar brasileira, fazendo um repasse pela sua sociedade e seus costumes nesse período.
No estudo da musica ”Sei Lá” nos depararemos com os opostos na vida, pois ela é um poema sobre as contradições da vida: o começo da vida e o inicio da morte entre outros. A vida e obra de Chico Buarque e Tom Jobim também será alvo de nossos estudos.
Gabriel o Pensador e sua musica Até quando, nos leva a reflexão sobre a luta e os protestos que podemos fazer na luta pelos nossos direitos. A nossa inadimplência, violência, indiferença quanto aos acontecimentos do nosso dia-dia. A chacina de vigário geral também será trabalhada, visto a sua importância e citação na musica. O valor da educação, vida e obra de Gabriel o pensador, nossa mudança de postura e musica de protesto também serão nossos alvos de estudo.
Em geografia trabalharemos o Rio de Janeiro, fazendo um repasse pelos contrastes existentes entre os extremos das classes sociais.
METODOLOGIA
Com sete turmas diferentes de 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental, o professor separa as músicas do CD Brasileirinho montado por ele. Onde cada turma ficará responsável em trabalhar os temas sugeridos pela música que lhe foi designada.
Os alunos ouvirão a música na sala de aula e farão a interpretação da letra (cada turma receberá uma cópia digitada da letra). O professor explorará todos os temas sugeridos pela música e formará também os grupos de trabalho.
Os alunos assistirão diferentes filmes, que retratam os ambientes tratados nas músicas com o objetivo de ampliar o universo de interpretação das mesmas. O professor chamará atenção para os tipos de linguagem contidos no vídeo - como expressão corporal, gesto, cenário, falas, etc.
Os alunos farão várias pesquisas utilizando a Sala de Informática da escola. Através do acesso à Internet, os alunos complementarão suas pesquisas sobre os temas e poderão discutir uma forma criativa de abordagem do trabalho.
Nesse período os alunos se reunirão em sala de aula, na biblioteca e até mesmo em casa para organizar a apresentação dos trabalhos. O andamento das atividades será acompanhado pelo professor que orientará os grupos nos horários das aulas.
Apresentação dos trabalhos - cada grupo, em seu horário de aula, apresentará seus trabalhos de acordo com o tema da música a ele designada. Os melhores trabalhos de cada turma serão selecionados para a culminância do projeto.
Culminância do Projeto - a culminância do projeto acontecerá no pátio da escola no horário das aulas, onde nesse dia, haverá a reapresentação dos melhores trabalhos das turmas envolvidas no projeto. Na platéia estavam presentes alunos de outras turmas, professores e direção da escola. Teremos vários tipos de trabalhos como teatro, músicas, painéis, jograis, maquetes, marionetes etc.
AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto será feita ao final de cada etapa concretizada, sendo observado o desempenho de cada aluno, de acordo com as habilidades propostas.
ANEXOS
LETRAS DAS MÚSICAS DO PROJETO
AUTOR: Petrúcio Amorim
Chuva fina na calçada sinto frio
E quem passa pelas ruas nem me ver
Assim como as águas correm para o rio
Vou correndo contra o tempo pra viver
Sou mais um menino triste que não sabe
Nessa vida de onde veio e onde vai
Eu só sinto uma tristeza que mim invade
Nunca conhecer mamãe e nem papai
Não sei porque que eu vim pro mundo desse jeito
Só papai do céu que é perfeito
Sabe que eu não sou feliz assim
Só sei que a minha casa é nesse momento
Um cobertor de folhas e de vento
E a minha cama um banco de jardim
Quando as vezes sinto fome sou esperto
E descolo a carteira de alguém
Na verdade sei que isto não é certo
E nem sempre neste caso me dou bem
Quando chega o natal eu também choro
É que nunca um presente eu ganhei
Se Papai Noel não sabe onde moro
Nem também meu endereço eu mesmo sei
Não sei... (bis)
Amiguinhos que eu encontro pela esquina
Também sofrem como eu da mesma dor
Num encontro entre cola e gasolina
É difícil entender o que é o amor
Mas se um dia nessa estrada do perigo
Encontrarem na sarjeta de um bordel
Lá no chão o meu corpinho estendido
Todos vão saber na vida quem fui eu
Não sei... (bis)
O ROSA NORTE
AUTOR: Armandinho
Vou fugir pro Rosa Norte, e te levar comigo
Foi o brilho dos teus olhos, que mexeu comigo
E abre a porta do teu corpo, que eu quero estar contigo
Num barraco, na tua onda, no meio do teu livro
Lá no céu daquele morro
Eu fiz meu barraquinho
Onde eu fico em frente ao fogo, bebendo aquele vinho
Vendo a lua lá no morro
Eu vou dormir cedinho
Pra acordar no Rosa Norte
E surfar sozinho
Quero teu amor, ao amanhecer
E acordar beijando você
E ao entrar no mar, vou pedir ao céu
Que Iemanjá proteja meu bem, que Iemanjá proteja meu bem...
Que Iemanjá proteja meu bem
Vou fugir pro Rosa Norte, e te levar comigoFoi o brilho dos teus olhos, que mexeu comigo
E abre a porta do teu corpo, que eu quero estar contigo
Num barraco, na tua onda, no meio do teu livro
Quero teu amor, ao amanhecer
E acordar beijando você
E ao entrar no mar, vou pedir ao céu
Que Iemanjá proteja meu bem, que Iemanjá proteja meu bem...
Que Iemanjá proteja meu bem. (2x)
EPITÁFIO
AUTOR: Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me protegerEnquanto eu andar...(2x)
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...
COM QUE ROUPA
AUTOR: Noel Rosa
Agora eu vou mudar minha conduta
Eu vou à luta, pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com força bruta
Pra poder me reabilitar
Pois essa vida não está sopa, e eu me pergunto com que roupa?
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou.
Agora eu não ando mais fagueiro
Pois o dinheiro não é fácil de ganhar
Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro
Não consigo ter, nem pra gastar
Eu já corri de vento em popa e eu pergunto
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou.
(Com que roupa?)
Eu hoje estou pulando como um sapo
Pra ver se escapo dessa praga de urubu
Já estou coberto de farrapos,
Eu vou acabar ficando nu
Meu terno virou estopa, e eu pergunto com que roupa?
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou.
Seu português agora deu o fora já foi simbora, e levou meu capital
Despresou quem tanto amou outrora
Foi o Adamastor pra Portugal
Pra se casar com uma cachopa, e eu nem sei mais com que roupa?
Com que roupa eu vou?
Pro samba que você me convidou.
MALANDRAGEM
AUTORES: Cazuza / Frejat
Quem sabe eu ainda sou uma garotinha.
Esperando o ônibus
Da escola, sozinha...
Cansada com minhas
Meias três quartos
Rezando baixo
Pelos cantos
Por ser uma menina má...
Quem sabe o príncipeVirou um chato
Que vive dando
No meu saco
Quem sabe a vida
É não sonhar...
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
BobeiraÉ não viver a realidade
E eu ainda tenho
Uma tarde inteira...
Eu ando nas ruas
Eu troco cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Prá cantar...
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poetaE não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
Eu ando nas ruas
Eu troco cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Prá cantar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
Quem sabe eu ainda sou
Uma garotinha!
VOU APERTAR
AUTOR: Bezerra da Silva
Vou apertar
Mas não vou acender agora
Vou apertar
Mas não vou acender agora
Se segura malandro
Pra fazer a cabeça tem hora
É, você não está vendo
Que a boca tá assim de corujão
Tem dedo de seta adoidado
Todos eles a fim de entregar os irmãos
Ô malandragem dá um tempo
Deixa essa pá de sujeira ir embora
E é por isso que eu vou apertar
Mas não vou acender agora
É, vou apertar
Mas não vou acender agora
Vou apertar
Mas não vou acender agora
Se segura malandro
Pra fazer a cabeça tem hora
É que o dois oito um foi afastado
O dezesseis e o doze no lugar ficou
E uma muvuca de espertos demais
Deu mole e o bicho pegou
Quando os homens da lei grampeiam
O coro come a toda hora
E é por isso que eu vou apertar
Mas não vou acender agora
É, vou apertar
Mas não vou acender agora
Vou apertar
Mas não vou acender agora
Se segura malandro
Pra fazer a cabeça tem hora
É, você não está vendo
Que a boca tá assim de corujão
Tem dedo de seta adoidado
Todos eles a fim de entregar os irmãos
Ô malandragem dá um tempo
Deixa essa pá de sujeira ir embora
E é por isso que eu vou apertar
Mas não vou acender agora
É, vou apertar
Mas não vou acender agora
Vou apertar
Mas não vou acender agora
Se segura malandro
Pra fazer a cabeça tem hora
Se segura malandro
Pra fazer a cabeça tem hora
GAROTA DE IPANEMA
Autor: Tom Jobim
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de lpanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor.
APESAR DE VOCÊ
AUTOR: Chico Buarque
(Crescendo)
Amanhã vai ser outro día (3X)
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
(Coro)
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros.
Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a finezade “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
(Coro2)
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de virantes do que você pensa.
Apesar de você
(Coro3)
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4)
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,La, laiá, la laiá, la laiá…
BELEZA PURA - Skank
Caetano Veloso
Não me amarra dinheiro não
Mas formosura
Dinheiro não
A pele escura
Dinheiro não
A carne dura
Dinheiro não
Moça preta do Curuzu
Beleza pura
Federação
Beleza pura
Bôca do rio
Beleza pura
Dinheiro não
Quando essa preta
Começa a tratar do cabelo
É de se olhar
Toda trama da trança
Transa do cabelo
Conchas do mar
Ela manda buscar
Prá botar no cabelo
Toda minúcia, toda delícia
Não me amarra dinheiro não
Mas elegância
Não me amarra dinheiro não
Mas a cultura
Dinheiro não
A pele escura
Dinheiro não
A carne dura
Dinheiro não
Moça lindo do Badauê
Beleza pura
Do Ilê-Aiê
Beleza pura
Dinheiro yeah
Beleza pura
Dinheiro não
Dentro daquele turbante
Do filho de Gandhi
É o que há
Tudo é chique demais
Tudo é muito elegante
Manda botar
Fina palha da costa
E que tudo se trance
Todos os búzios
Todos os ócios
Não me amarra dinheiro não
Mas os mistérios
Não me amarra dinheiro não
Beleza pura
Dinheiro não
Beleza pura
Dinheiro não
Beleza pura
Dinheiro yeah
Beleza pura
Ahhh, ahhh,
ahhh, ahhh
DE SÃO PAULO A BELÉM
AUTOR: Indisponível
Deu um arroxo no peito
Eu fiquei apavorado
São Paulo ficou pequena
Oh! Lugarzinho abafado
Peguei a Via Anhanguera
E a coisa ficou pior
Quando passei em Campinas
Dava pena, dava dó...
No trevo de Americana
Pensei! Não vou aguentar
De Limeira até Araras
Fui chorando sem parar...
Uma parada em Leme
Dei um alô à platéia
Foi lá em Pirassununga
Que eu tive uma boa idéia...
E parar em Ribeirão
Tomar um chopp gelado
De lá eu passei em Franca
Comprei uma bota invocada
E na festa de Barretos
Cheguei muito apaixonado...
A saudade é um prego
Coração é um martelo
Fere o peito e doí na alma
E vai virando um flagelo..(4x)
De Uberaba à Uberlândia
Fui contemplando a beleza
Dando um tapa na saudade
Ouvindo moda sertaneja...
Cidade de Araguari
Do meu pranto era a prova
Fui curar minha ressaca
Nas águas de Caldas Novas...
Tem coisas que a gente pensa
Coração fica doente
Pensei na lua-de-mel
Na pousada do Rio Quente...
E no trevo de Morrinhos
Chorando igual criança
Te encontrar lá em Goiânia
Eu vou cheio de esperança...
E se na linda Goiânia
Eu não encontrar ninguém
Amanhã bem cedo eu sigo
Com destino à Belém
Vou até o fim do mundo
Mas quero encontrar meu bem...
A saudade é um prego
Coração é um martelo
Fere o peito e doí na alma
E vai virando um flagelo..(6x)
TOCANDO EM FRENTE
AUTORES: Almir Sater Renato Texeira
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
A BANDA
AUTOR: Chico Buarque
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...
SEI LÁ
AUTOR: Desconhecido
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.
ATÉ QUANDO?
Autor: Gabriel o Pensador
Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você e pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer
Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante
É tudo flagrante
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você
Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar
E querem q'eu seja educado, q'eu ande arrumado q'eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é mundo que me dá
Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar
Escola, esmolaFavela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda.
Não, não!
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro
Até quando você vai levando porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?
NOTA ESCLARECEDORA
O titulo do projeto, assim como algumas partes de sua fundamentação teórica, foram retirados do premiado projeto da professora Vânia Corrêa Pinto, o mesmo pode ser acessado pelo site:
http://www.brasileirinho.mus.br/projeto-brasileirinho/projeto.htm